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O preconceito contra os gordos

O preconceito contra os gordos

O preconceito contra os gordos é mais evidente com as mulheres do que com os homens.Os gordos e gordas sofrem e são vítimas de preconceitos não só nas entrevistas e no emprego, (se for disputar uma vaga de trabalho,precisa torcer para que nenhuma magra queira o mesmo posto),como também em: festas, lugares públicos, restaurantes, ônibus ,bancos e em diversos locais.


"Um dos grandes desafios enfrentados por indivíduos com sobrepeso e obesidade, sem dúvidas, é o preconceito. O preconceito nada mais é que um conceito formado previamente e que sempre acaba por ser reducionista e equivocado.

Até hoje convivemos com discursos do tipo: "as pessoas gordas são lentas"; "as pessoas gordas são preguiçosas"; "as pessoas gordas são obcecadas por comida". Infelizmente, ainda temos que lidar com estes conceitos pré-formados, reiterados e disseminados dia a dia, que só colaboram para a marginalização de quem faz parte desta fatia da sociedade". (Janaína Calaça)


Apesar das modelos gordinhas estarem na moda, o preconceito contra o gordo no mercado de trabalho ainda é muito presente. Em muitas seleções de emprego, se o recrutador estiver na dúvida entre duas pessoas e, se um deles estiver acima do peso, provavelmente o mais rechonchudo será eliminado do processo seletivo.


Nem sempre ser eficiente, responsável, dedicada e talentosa pode render às mulheres o tão sonhado emprego. O preconceito fica ainda mais latente quando se trata das mulheres.

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de East Lansing, em Michigan, nos Estados Unidos, concluiu que, mesmo não sendo consideradas obesas, as que apresentam sobrepeso ocupam nas empresas muito menos vagas de destaque do que os homens.
Mesmo que seja uma discriminação velada, a pesquisa mostra o quanto as regras subjetivas do mercado podem ser cruéis com as mulheres.


Adriana Cocco; comenta sobre as gordinhas e a carreira:

Aqui no Brasil não existem estudos a respeito, mas há gordinhas bem resolvidas com seu corpo e sua carreira que dizem já ter se sentido discriminadas profissionalmente.


Alcione Ribeiro, 32 anos, publicitária que vive em São Paulo, é uma gordinha assumida. E feliz! Ela atua como redatora publicitária e editora de conteúdos pela internet. Conta que não encontrou nenhum problema para conquistar o atual emprego, mas que nem sempre foi assim.

"Meu atual chefe me conheceu por e-mail, gostou do meu trabalho e me convidou para fazer parte da equipe. Só então ele me conheceu pessoalmente.

Mas nem sempre foi assim, nunca sofri o preconceito direto e abertamente, mas tenho certeza de que fui eliminada em alguns processos seletivos por causa do meu peso, já que eu correspondia muito bem a todos os outros requisitos para a vaga. Porém, a diferença está em como reagia a isso, nunca deixei me abater".


Na opinião de Alcione, a discriminação contra as mulheres gordas no mercado de trabalho não é algo generalizado. Mas está presente e acontece devido ao preconceito criado pelos próprios recrutadores.


"Hoje em dia temos excelentes profissionais que ocupam cargos importantíssimos em grandes empresas e estão acima do peso, uma vez que a capacidade de raciocínio independe da condição física.

É claro que devemos levar em consideração que não é qualquer cargo que uma pessoa acima do peso pode ocupar, é complicado quando se exige algum tipo de esforço físico maior.


Mas não acredito que a pessoa gorda seja incapaz de cumprir suas funções tão bem quanto uma pessoa magra. Acho que muitas vezes a discriminação ocorre por um preconceito criado pelos recrutadores, pois duvido que exista uma empresa sequer com a regra 'proibido contratar gordos' em suas normas e estatutos. O problema está nas equipes de RH, na falta de amadurecimento dos processos seletivos e, principalmente, na falta de avaliação efetiva de cada candidato".


De fato, segundo Melina Graf, gerente de Planejamento de Carreira da empresa Xavier Recursos Humanos, muitas vezes ocorrem casos em que pessoas obesas são preteridas em processos seletivos. "A empresa julga que eles podem ter problemas de saúde, faltar no trabalho para ir ao médico ou algum tipo de dificuldade que envolva o esforço físico".


Ela ressalta, porém, que não é a aparência que define a contratação de um colaborador e sim as competências e experiências que ele tem a oferecer para a empresa. "No entanto, em alguns mercados - como vendedora de cosmético, mercado de luxo, aeromoças, recepcionistas de eventos, agências de modelo, mercado de esportes, entre outros - existem algumas exigências em relação à beleza, pois o colaborador leva a imagem da empresa para os clientes".


De forma geral, diz Melina Graf, ser gorda não é fator limitante para o desenvolvimento de algum tipo de atividade profissional. "O importante é a forma como ela pode contribuir para a empresa e os resultados que pode gerar. Infelizmente as pessoas acabam sendo estereotipadas pelo seu tipo físico. Nestes casos, precisam provar que esse pré-conceito não é verdadeiro. E isto é demonstrado com o trabalho no dia a dia. Se o trabalho não exige esforço físico, a agilidade e a performance podem ser iguais para todos".