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Pré-Operatórioe Pós-Operatório

Pré-Operatórioe Pós-Operatório

Pré-Operatório, Internação e Pós-Operatório do Bypass Gastrico


A rotina que usamos na ocasião da internação para a Cirurgia de Fobi e Capella é:

. Fazer próximo a data de internação: Endoscopia Digestiva Alta, Ultrassom de Abdômen Total, Polissonografia (exame que avalia o risco de apnéia do sono), Espirometria (exame que avalia a função respiratória), outros exames de laboratório.


. Suspender o uso de anticoncepcional e fumo 30 dias antes da cirurgia, pois eles aumentam o risco de embolia e trombose (vide abaixo).


. Ter certeza que o paciente emagreceu o máximo possível, para facilitar a cirurgia e diminuir as complicações possíveis. O ideal é perder 10% do peso nos meses que antecedem a cirurgia.


. Heparinização profilática com Clexane 40 mg subcutâneo por dia iniciando 4 horas ap
ós a cirurgia e mantendo até o 15o dia após a cirurgia . Essa medicação diminui a coagulabilidade sanguínea para evitar a formação de trombose e embolia (êmbolos são pequenos coágulos que se soltarem na corrente sanguínea podem entupir os pulmões . Esse quadro de embolia pulmonar e é dramático, causa risco de vida importante. É uma das 2 principais causas de mortalidade nessa cirurgia).

Na sala de cirurgia:


. Passamos a sonda vesical para controle da diurese (controle do volume de urina durante a cirurgia para avaliarmos a função dos rins).


. Enfaixamos as pernas do paciente (ou usamos uma cinta compressora chamada bomba intermitente) comprimindo-as e promovendo o colabamento das veias das pernas impedindo a coagulação sanguínea nesses locais, que são a principal fonte de êmbolos. Esse enfaixamento é mantido até o paciente estar caminhando com desenvoltura (talvez 1 dia após a cirurgia).


.No final da cirurgia deixamos um dreno (fino pedaço de borracha) que vai desde a região da sutura (costura do estômago) até a pele.

Para entender o motivo do uso dessa borracha cabe antes uma explicação:
Se um dos pontos da sutura do estômago descoser (chamamos de deiscência de sutura) ocorre vazamento (fistula) de suco gástrico para a barriga causando a peritonite (infecção do abdômen). A fistula é uma das 2 maiores causas de mortalidade dessa cirurgia. Pois bem, se existir uma borracha ligando a região da fistula até a pele, ocorrerá a saída do suco gástrico para a pele aproveitando o dreno como estrada, e assim, não haverá peritonite.

O risco de fistula no estômago pequeno é 1,4%. Com o uso do dreno 90% das fistulas são tratadas sem necessidade de outra cirurgia. Chamamos então de fístula externa.

Deixando o paciente sem passagem de alimento no estômago pequeno esse buraquinho geralmente fecha-se sozinho em 20 dias. Por isso deixamos o dreno sentinela por 10 dias (tempo das deiscências). Se não houver saída de líquido gástrico pelo dreno em 10dias, nós retiramos o dreno no consultório apenas puxando-o gentilmente por 1 minuto.

.As vezes deixamos uma sonda de borracha (um tubo) que vai de dentro do estômago abandonado até a pele (chamamos de gastrostomia). S
ó fazemos essa manobra em casos especiais

Após a cirurgia:


. 2% dos pacientes necessitam de UTI no pós-operatório, geralmente para assistência respiratória.


. O paciente desde o dia da cirurgia até a alta hospitalar (que geralmente ocorre em 3 dias) será acompanhado pelo grupo de fisioterapia do hospital para melhorar a capacidade respiratória evitando pneumonias.


. Caminhar muito a partir do dia seguinte a cirurgia evita complicações pulmonares (pneumonias e embolia de pulmão).


. No 1º dia após a cirurgia iniciamos a alimentação com água e chá (20 ml a cada 5 ou 10 minutos no máximo).


. No 2º dia após a cirurgia oferecemos 20 ml de líquidos (água, chá, gelatina, sucos, caldos ralos e coados, gatorade, água de coco, leite desnatado) a cada 5

ou 10 minutos no máximo.

.No 2º dia após a cirurgia o paciente pode surgir um quadro de falta de ar, taquicardia e derrame pleural (água no pulmão). Esse quadro clinico é muito preocupante e pode ter 2 origens:


Embolia de pulmão (vide acima). Esse quadro ocorre em 2% dos pacientes operados e pode causar a morte de 1 em cada 500 pacientes operados (0,2 %). O tratamento é geralmente feito na UTI (com respirador a volume) e é dramático, algumas vezes.

Fistula

Fístula do pequeno estômago (vide acima). Esse quadro ocorre em 2,5% dos pacientes operados. Em 90% dos casos o dreno sentinela (que orienta a fistula externa) e a alimentação por Sonda Enteral ( Sonda fina que entra pelo nariz ) durante 30 dias  conseguem resolver a fistula. Em 10% dos casos, porém, são necessárias: nova cirurgia para lavagem e nova sutura. A fistula do estômago pequeno pode causar 1 morte em cada 400 pacientes operados.

. O paciente pode voltar a trabalhar a partir de 15 dias após a cirurgia .


. A paciente não deve engravidar no primeiro ano após a cirurgia.